Há 21 horas
sábado, 27 de outubro de 2012
Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Nunca fui tão paciente, em nenhum outro momento da minha ainda curta vida, como agora. E mesmo assim, ou talvez até por isso, venho pensando que paciência não é sempre uma qualidade. Principalmente quando confundo "paciência" com "medo de dar o próximo passo".
Acho que é isso. Acho que tenho que parar de esperar por tempos melhores. Acho que já está na hora de encarar a realidade. Acho que já deu.
Agora me lembrei dessa frase, cujo autor não me recordo:
"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro"
xxoo
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Um discípulo chateado pergunta ao Mestre:
- Como faço para não me aborrecer com as pessoas? Algumas falam demais, falam de nossa vida, gostam de fazer intriga, fofoca, outras são indiferentes. Fico magoado com as que são mentirosas e sofro com as que caluniam.
-"Pois viva como as flores!", advertiu o mestre.
-"Como é viver como as flores?" Perguntou o discípulo.
- "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. "Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores."
Cabe bem nessa semana!
xoxo
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Foi mal...
Por: Marcella Brum - Site Bolsa de Mulher
Admitir que está errada não é agradável e muito menos fácil. Este simples ato implica em reflexão, análise e autocrítica – como podemos ver, a coisa é realmente bastante complexa. No entanto, de vez em quando, a ficha cai e notamos que de fato houve um vacilo de nossa parte. Fazer o quê? Pedir desculpas seria a resposta mais sensata e óbvia. Mas algumas criaturas ignoram o episódio e abstraem a significativa palavrinha ou uma similar da sua vida. O grande problema é que fazem isso também com a outra parte - talvez a mais interessada.
Embora o tal pedido seja esperado, aclamado e desejado por todos que se sintam magoados e ofendidos, pronunciar a palavra “desculpa” simplesmente não é indício nenhum de arrependimento. “Tem gente que pede desculpa pelo mesmo erro toda hora. Isso é insuportável: ou ela está pouco se importando ou não assimilou direito o ocorrido. Fala ‘desculpa’, ‘foi mal’ como diz ‘oi’”, indigna-se a economista Alice Maria Torres. A psicoterapeuta e psicodramatista Márcia Homem de Mello afirma que o ato de pedir desculpas sempre deve estar ligado a um significado verdadeiro para seu autor. “Se desculpar apenas para agradar a outra parte, não tem sentido. A desculpa deve ser sincera. Dessa forma, ela representa o reconhecimento de que algo desagradou ao outro, uma tentativa de reaproximação, já que a outra pessoa é importante, ou um desejo de reparar a mágoa causada, mesmo que não tenha sido intencional”, comenta a psicóloga.
Justamente por ter um significado tão abrangente é que a falta da aplicação desse vocábulo, na hora exata, acarreta complicações. Segundo Márcia Homem de Mello, dependendo do grau de importância que a outra parte dá ao problema, a ausência do pedido de desculpa pode gerar conflitos, sentimentos de mágoa ou raiva e desejos de vinganças. Por outro lado, saber desculpar também é muito importante. “Muitas vezes, a pessoa que errou é que tem a necessidade de se retratar. E isso implica em coragem e humildade para tomar essa atitude. Aceitar o pedido, então, é fundamental. Caso contrário, o ato de pedir desculpas do outro acaba sendo em vão”, conclui Márcia. No entanto, apesar de errar ser humano e pedir desculpas ser correto, banalizar o erro e arrematá-lo prontamente com a palavra desculpa ou uma similar não adianta muito. Palavras não são mágicas.
"Palavras não são mágicas", oh! Santo Father! Porque seus filhos tem tanta dificuldade de entender isso?!
A muito venho pensando sobre essa temática, e aí hoje encontrei esse texto e me vi na obrigação de publicá-lo e comentá-lo.
Tenho essa sensação incômoda que as palavrinhas:"desculpe-me" e "perdão", viraram aquele "bom dia" da chegada no trabalho ou o "obrigado" ao receber um troco. Simplesmente saí de forma mecânica, sem que você precise pensar no que está fazendo, dizendo ou se aquilo trará alguma consequência para você ou para a outra parte afetada.
Me parece que, para desculpadores compulsivos, o simples fato de reconhecer que errou já corrige o erro, e que a vítima (ou não) tem que se sentir grata por ouvir um pedido de desculpas. Foda isso!
Temos que entender que ao pisar no pé de alguém, o meu pedido de desculpas não vai fazer com que a dor passe, que isso é o mínimo (mas mínimo mesmo, o "alguma coisa" seria beijar esse dito pezinho) que posso fazer. E que o fato desse acidente não ser planejado não atenua meu ato, mas sim que o planejamento o agrava.
O exemplo é bobo, mas se encaixa bem em qualquer tipo de relacionamento.
Não que eu não faça isso de vez em quando, porque sim, não me orgulho em dizer mas eu faço. Mais cada dia mais penso duas vezes antes de dizer um "sinto muito", afinal quanto eu sinto mesmo?!
Voltando ao pensamento inicial, creio que esse negócio de "palavrinhas mágicas" vem lá da "tia" do maternal, que nos ensinavam que "obrigada", "sinto muito", "com licença" e "por favor" tinha esse mágico poder. Bem, as tias também me ensinaram que os bebês vêm de beijos e que os coelhos na páscoa põe ovos de chocolate. Se eu já aprendi a verdade sobre isso porque você também não pode aprender sobre o resto?
xoxo
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gostam ou não sabem gostar!
Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma, dos meus medos...
Basta eu ver um sinal de luz recíproca no final do túnel, que mando minhas zilhões de luzes e cego todo mundo!
Dane-se!
Um dia, um louco, direto do planeta dos 2% restantes, vai aparecer, provando um pouco o ser diferente do que tenho sido...
E vou experimentando várias de mim, pra ver se uma hora eu me sirvo.
Quem sabe é isso?
É só o que peço...
Não quero promessas, nem ser afogada em desejos reféns.
Sei que me fazes mal, mas prefiro tal à tua ausência.
Nesta loucura imensa, à lucidez me rendo: na vida, eu aprendi, dose a dose, que, neurose, é tudo o que não se aceita, querendo...
Eu escolho um homem que não duvide de minha coragem, que não me acredite inocente, que tenha a coragem de me tratar como uma mulher.
Tem algo em mim que grita, briga, desafia...
Eu não sei de onde vem tanta rebeldia, mas confesso, que nos damos muito bem!
"Eu posso ser muito, muito fria mesmo. Mas quando quero ser quente , eu derreto gelo, é no assopro"
Achei o texto, que encontrei quase que por acaso aqui, meio sem nexo, mesmo assime talvez até por isso, fez muito sentido pra mim.
xoxo
Achei o texto, que encontrei quase que por acaso aqui, meio sem nexo, mesmo assim
xoxo
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