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sábado, 27 de outubro de 2012
Quanto tempo a gente perde na vida? Se somarmos todos os minutos jogados fora, perdemos anos inteiros. Depois de nascer, a gente demora pra falar, demora pra caminhar, aí mais tarde demora pra entender certas coisas, demora pra dar o braço a torcer. Viramos adolescentes teimosos e dramáticos. Levamos um século para aceitar o fim de uma relação, e outro século para abrir a guarda para um novo amor, e já adultos demoramos para dizer a alguém o que sentimos, demoramos para perdoar um amigo, demoramos para tomar uma decisão. Até que um dia a gente faz aniversário. 37 anos. Ou 41. Talvez 48. Uma idade qualquer que esteja no meio do trajeto. E a gente descobre que o tempo não pode continuar sendo desperdiçado. Fazendo uma analogia com o futebol, é como se a gente estivesse com o jogo empatado no segundo tempo e ainda se desse ao luxo de atrasar a bola pro goleiro ou fazer tabelas desnecessárias. Que esbanjamento. Não falta muito pro jogo acabar. É preciso encontrar logo o caminho do gol.
Sem muita frescura, sem muito desgaste, sem muito discurso. Tudo o que a gente quer, depois de uma certa idade, é ir direto ao assunto. Excetuando-se no sexo, onde a rapidez não é louvada, pra todo o resto é melhor atalhar. E isso a gente só alcança com alguma vivência e maturidade.
Pessoas experientes já não cozinham em fogo brando, não esperam sentados, não ficam dando voltas e voltas, não necessitam percorrer todos os estágios. Queimam etapas. Não desperdiçam mais nada.
Uma pessoa é sempre bruta com você? Não é obrigatório conviver com ela.
O cara está enrolando muito? Beije-o primeiro.
A resposta do emprego ainda não veio? Procure outro enquanto espera.
Paciência só para o que importa de verdade. Paciência para ver a tarde cair. Paciência para sorver um cálice de vinho. Paciência para a música e para os livros. Paciência para escutar um amigo. Paciência para aquilo que vale nossa dedicação.
Nunca fui tão paciente, em nenhum outro momento da minha ainda curta vida, como agora. E mesmo assim, ou talvez até por isso, venho pensando que paciência não é sempre uma qualidade. Principalmente quando confundo "paciência" com "medo de dar o próximo passo".
Acho que é isso. Acho que tenho que parar de esperar por tempos melhores. Acho que já está na hora de encarar a realidade. Acho que já deu.
Agora me lembrei dessa frase, cujo autor não me recordo:
"Para estar junto não é preciso estar perto, e sim do lado de dentro"
xxoo
terça-feira, 9 de outubro de 2012
Um discípulo chateado pergunta ao Mestre:
- Como faço para não me aborrecer com as pessoas? Algumas falam demais, falam de nossa vida, gostam de fazer intriga, fofoca, outras são indiferentes. Fico magoado com as que são mentirosas e sofro com as que caluniam.
-"Pois viva como as flores!", advertiu o mestre.
-"Como é viver como as flores?" Perguntou o discípulo.
- "Repare nestas flores", continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. "Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores."
Cabe bem nessa semana!
xoxo
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Foi mal...
Por: Marcella Brum - Site Bolsa de Mulher
Admitir que está errada não é agradável e muito menos fácil. Este simples ato implica em reflexão, análise e autocrítica – como podemos ver, a coisa é realmente bastante complexa. No entanto, de vez em quando, a ficha cai e notamos que de fato houve um vacilo de nossa parte. Fazer o quê? Pedir desculpas seria a resposta mais sensata e óbvia. Mas algumas criaturas ignoram o episódio e abstraem a significativa palavrinha ou uma similar da sua vida. O grande problema é que fazem isso também com a outra parte - talvez a mais interessada.
Embora o tal pedido seja esperado, aclamado e desejado por todos que se sintam magoados e ofendidos, pronunciar a palavra “desculpa” simplesmente não é indício nenhum de arrependimento. “Tem gente que pede desculpa pelo mesmo erro toda hora. Isso é insuportável: ou ela está pouco se importando ou não assimilou direito o ocorrido. Fala ‘desculpa’, ‘foi mal’ como diz ‘oi’”, indigna-se a economista Alice Maria Torres. A psicoterapeuta e psicodramatista Márcia Homem de Mello afirma que o ato de pedir desculpas sempre deve estar ligado a um significado verdadeiro para seu autor. “Se desculpar apenas para agradar a outra parte, não tem sentido. A desculpa deve ser sincera. Dessa forma, ela representa o reconhecimento de que algo desagradou ao outro, uma tentativa de reaproximação, já que a outra pessoa é importante, ou um desejo de reparar a mágoa causada, mesmo que não tenha sido intencional”, comenta a psicóloga.
Justamente por ter um significado tão abrangente é que a falta da aplicação desse vocábulo, na hora exata, acarreta complicações. Segundo Márcia Homem de Mello, dependendo do grau de importância que a outra parte dá ao problema, a ausência do pedido de desculpa pode gerar conflitos, sentimentos de mágoa ou raiva e desejos de vinganças. Por outro lado, saber desculpar também é muito importante. “Muitas vezes, a pessoa que errou é que tem a necessidade de se retratar. E isso implica em coragem e humildade para tomar essa atitude. Aceitar o pedido, então, é fundamental. Caso contrário, o ato de pedir desculpas do outro acaba sendo em vão”, conclui Márcia. No entanto, apesar de errar ser humano e pedir desculpas ser correto, banalizar o erro e arrematá-lo prontamente com a palavra desculpa ou uma similar não adianta muito. Palavras não são mágicas.
"Palavras não são mágicas", oh! Santo Father! Porque seus filhos tem tanta dificuldade de entender isso?!
A muito venho pensando sobre essa temática, e aí hoje encontrei esse texto e me vi na obrigação de publicá-lo e comentá-lo.
Tenho essa sensação incômoda que as palavrinhas:"desculpe-me" e "perdão", viraram aquele "bom dia" da chegada no trabalho ou o "obrigado" ao receber um troco. Simplesmente saí de forma mecânica, sem que você precise pensar no que está fazendo, dizendo ou se aquilo trará alguma consequência para você ou para a outra parte afetada.
Me parece que, para desculpadores compulsivos, o simples fato de reconhecer que errou já corrige o erro, e que a vítima (ou não) tem que se sentir grata por ouvir um pedido de desculpas. Foda isso!
Temos que entender que ao pisar no pé de alguém, o meu pedido de desculpas não vai fazer com que a dor passe, que isso é o mínimo (mas mínimo mesmo, o "alguma coisa" seria beijar esse dito pezinho) que posso fazer. E que o fato desse acidente não ser planejado não atenua meu ato, mas sim que o planejamento o agrava.
O exemplo é bobo, mas se encaixa bem em qualquer tipo de relacionamento.
Não que eu não faça isso de vez em quando, porque sim, não me orgulho em dizer mas eu faço. Mais cada dia mais penso duas vezes antes de dizer um "sinto muito", afinal quanto eu sinto mesmo?!
Voltando ao pensamento inicial, creio que esse negócio de "palavrinhas mágicas" vem lá da "tia" do maternal, que nos ensinavam que "obrigada", "sinto muito", "com licença" e "por favor" tinha esse mágico poder. Bem, as tias também me ensinaram que os bebês vêm de beijos e que os coelhos na páscoa põe ovos de chocolate. Se eu já aprendi a verdade sobre isso porque você também não pode aprender sobre o resto?
xoxo
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Eu sei que sou exatamente o que 98% dos homens não gostam ou não sabem gostar!
Eu falo o que penso, abro as portas da minha casa, da minha vida, da minha alma, dos meus medos...
Basta eu ver um sinal de luz recíproca no final do túnel, que mando minhas zilhões de luzes e cego todo mundo!
Dane-se!
Um dia, um louco, direto do planeta dos 2% restantes, vai aparecer, provando um pouco o ser diferente do que tenho sido...
E vou experimentando várias de mim, pra ver se uma hora eu me sirvo.
Quem sabe é isso?
É só o que peço...
Não quero promessas, nem ser afogada em desejos reféns.
Sei que me fazes mal, mas prefiro tal à tua ausência.
Nesta loucura imensa, à lucidez me rendo: na vida, eu aprendi, dose a dose, que, neurose, é tudo o que não se aceita, querendo...
Eu escolho um homem que não duvide de minha coragem, que não me acredite inocente, que tenha a coragem de me tratar como uma mulher.
Tem algo em mim que grita, briga, desafia...
Eu não sei de onde vem tanta rebeldia, mas confesso, que nos damos muito bem!
"Eu posso ser muito, muito fria mesmo. Mas quando quero ser quente , eu derreto gelo, é no assopro"
Achei o texto, que encontrei quase que por acaso aqui, meio sem nexo, mesmo assime talvez até por isso, fez muito sentido pra mim.
xoxo
Achei o texto, que encontrei quase que por acaso aqui, meio sem nexo, mesmo assim
xoxo
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivencia e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Dizem que a dor é quem ensina a viver.
Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar. Um dia, um anjo passou por mim...
No início da minha vida profissional, senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós médicos somos treinados para nos sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e a tentar ir sempre mais além.
Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície, experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e entendemos que não somos deuses. Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional. Nesse hospital, comecei a frequentar a enfermaria infantil, e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim. Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapia e radioterapia.
Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes , mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação. Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com uma lágrima nos olhos dizia: faça tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu: —Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
— E o que morte representa para você, minha querida?
— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é? (Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim)
— É isso mesmo, e então?
— Vou explicar o que acontece, continuou ela: — Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
— É isso mesmo querida, você é muito esperta!
Olha tio, eu não nasci para esta vida! — Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado" . Boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
— E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo: — E o que saudade significa para você, minha querida?
— Não sabe não tio? —Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica! Um anjo passou por mim... Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, "absolutilizamos" tudo que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci . Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu. Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa. Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições que ensinaste, pela ajuda que me deste. Que bom que existe saudades! O amor que ficou eterno.
Saudade... Vi esse texto na Casa do Zé e, enquanto chorava, lembrei que já tinha lido o mesmo em algum local. Resolvi procurar aqui no blog e, digitando saudade, não o encontrei, porém percebi o quanto já toquei neste tema... 3 páginas inteiras só desde outubro de 2010... e algumas perdidas antes disso.
Geralmente preguei que saudade é um sentimento que apesar de nos fazer sofrer imensamente, diga-se de passagem, é algo bom, por que nos mostra que existem pessoas a serem lembradas, valorizadas. Não mudei minha ideia! Ainda penso tudo isso, só que... só que... ai, ai, deixa pra lá.
xoxo
quarta-feira, 18 de abril de 2012
"Acho sim, que, às vezes, dou trabalho. Mas é como ter um Rolls Royce: se você não quiser ter que pagar o preço da manutenção, mude para um Passat"
Fernanda Young
A chamam de ‘crise do quarto de vida’.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos.
Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado etc..
E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco.
As multidões já não são ‘tão divertidas’. ..
E as vezes até lhe incomodam.
E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.
Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo.
Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.
Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal.
Ou, talvez, a noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor.
Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar.
Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparado para se comprometer pelo resto da vida.
Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbado e agir como um idiota começa a parecer, realmente, estúpido.
Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotado e significa muito dinheiro para seu pequeno salário.
Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.
Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer.
Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.
Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confuso.
De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.
Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você.
E enquanto ganhar a carreira seria grandioso, você não queria estar competindo nela.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos ‘vinte e tantos’ e gostaríamos de voltar aos 15-16 algumas vezes. Deus me livre de voltar a essa triste fase
Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos.
Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro.
Parece que foi ontem que tínhamos 16…
Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!
FAÇAMOS VALER NOSSO TEMPO… QUE ELE NÃO PASSE!
Autor desconhecido
Como não poderia ser diferente, me identifiquei muito com esse texto.
Minha vida profissional é hoje o que há de mais importante pra mim e mesmo assim parece que a "póbi" insiste em dar pra trás. Venho tentando alavancá-la, muitas vezes me arriscando a começar do zero para isso, mas ela continua nos processos de estagnação ou retrocesso.
E hoje, chegando cada vez mais perto desta fatídica data, não consigo imaginar como estarei aos 30. Emprego estável com possibilidade de crescimento? Carro? Casa própria? Oh My! Tudo isso parece estar em um reino Far, far away...
Mas enfim, enquanto a vida profissional anda uma bagunça, tenho muito a agradecer aos outros fatores importantes: família e amigos! Afinal, posso dizer, sem sombra de dúvida, o quanto sou abençoada por estes, que estão sempre do meu lado, me incentivando a melhorar e me ajudando diante às minhas "cabeçadas". Ei daí de cima! Obrigada por tudo! Saiba que ainda acredito na máxima "Deus não demora, Ele capricha".
xoxo
sábado, 7 de abril de 2012
"Quem não gosta de samba
bom sujeito não é.
É ruim da cabeça
ou doente do pé"
Dorival Caymmi
E eu gosto de samba...
xoxo
domingo, 1 de abril de 2012
A verdade é que, enquanto você estiver assim, nessa interminável agonia, esperando notícias que nunca chegam, vai deixar passar várias possibilidades interessantes ao seu redor.
Claro, ninguém se compara a quem você aguarda, mas quem você aguarda não está disponível no momento.
Poderá, inclusive, nunca estar, apesar de tudo o que foi dito naquele dia.
Pessoas que somem não são confiáveis.
Fernanda Young
Ow querida amiga Insegurança! Você demorou pra vir dessa vez, mas pela bagagem estou percebendo que não planeja ir embora tão cedo, né?!
Aiaiai
xoxo
quinta-feira, 29 de março de 2012
"Se você não consegue entender o meu silêncio de nada irá adiantar as palavras, pois é no silêncio das minhas palavras que estão todos os meus maiores sentimentos"
Oscar Wilde
"Não adianta conversar, se o que você quer dizer não chega a ser dito" ou escrito
xoxo
quarta-feira, 28 de março de 2012
Eu gosto de carinho violento. De falar. De estar certa.
De quem entende o que eu digo. De quem escuta o que eu penso.
Da minha prole. Dos meus discos. Dos meus livros.
Dos meus cachorros. Dos Stones. Do Rock Natural.
Da minha solidãozinha. Dos meus blues. Do meu sofá vermelho. Que eu ainda hei de ter, nem que seja só uma poltronazinha
Da minha casa. Do meu umbigo. De unhas cor de carmim.
De homem que sabe ser homem. De noites em claro e dias em branco. De chuva e de sol.
Eu guardo as minhas rejeições em vidrinhos rotulados com o nome deles.
Eu sou mole demais por dentro pra deixar todo mundo ver.
Eu deixo pra quem eu acho que pode comigo.
Ninguém sabe.
Mas eu tenho coração de moça.
Fernanda Young
Encontrei alguns textos dessa escritora maravilhosa e desbocadérrima.
Sempre me impressiono quando encontros transcrições de minha alma assim - escritas para qualquer um ver. Como se cada um também pudesse sentir tudo o que sinto, ser tudo que acho que sou.
Enfim, coisa de quem se acha!
E, se depender da minha pastinha de rascunhos, esse ano esta autora não há de faltar por aqui.
xoxo
terça-feira, 27 de março de 2012
Quis ser um dia, jardineira de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.
Quis ser um dia, jardineira de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.
Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão
Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...
Cora Coralina
Casa vazia, porta fechada, foi o que encontrei.
Em busca de um coração que bata. O seu, o meu... Será muito sonhar com o nosso?
xoxo
Um Super Parabéns ao Rafa-El!
Pra quem não sabe ele criou e abandonou o [Vida de Plástico], blog que me fez continuar o My Mind! nas tantas vezes que pensei em desistir!
Beijão Rafa!
xoxo
domingo, 25 de março de 2012
"As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental". Era um poeta maravilhoso, esse Vinicius de Moraes, mas deixou imortalizada uma frase que jamais sairia da boca de uma mulher. Aos feios, as mulheres dão boas vindas, desde que por trás do olho que não é azul e do corpo que não é atlético haja bom humor, inteligência e sex appeal.
Nunca veremos Brad Pitt e George Clooney namorando feinhas, mas já vimos Julia Roberts casar com Lyle Lovatt, um músico que tinha o rosto decorados com crateras, e a estonteante Sharon Stone desfilar com baixinhos barrigudos até contrair matrimônio com um senhor que mais parece um boneco de cêra. Há quem defenda a idéia de que mulheres casam com qualquer um, desde que tenha poder ou dinheiro. Poucas. Não foi o caso de Julia Roberts nem o de Sharon Stone, ricas e poderosas por si só, e também não é o caso de muitas Lucias, Andreas, Cristinas, Danielas, Fernandas e Jussaras anônimas. Mulheres preferem ser amadas do que invejadas.
Essa história de beleza tem a ver com atração, que tem a ver com "a primeira impressão é a que fica", que tem a ver com inícios de relações. Se a garota for um canhão, as chances de conquistar um deus são quase zero (é uma generalização, toda regra tem exceções). Já se o garoto for feio, porém espirituoso, talentoso e auto-confiante, pode descolar o número do telefone da Marisa Monte. Lembrem-se que ela já namorou o Nando Reis, dos Titãs. Alguma coisa ele tem de lindo.
Mick Jagger é raquítico e branquela. Gerald Thomas é raquítico, branquela e usa óculos. Woody Allen é raquítico, branquela, usa óculos e está quase careca. Apesar desse quadro de horror, sei de muita mulher que não os expulsariam da sua cama. Será que elas nunca ouviram falar em Mel Gibson, Antonio Banderas, Pedro Bial? Elas nunca ouviram falar é que beleza garanta o conteúdo. Bem todos esse têm fama ou dinheiro, agora coisas como o "homem mais bonito da faculdade", isso sim denota coragem
Mulher tem faro, não se contenta com a embalagem. É bem mais comum ver uma mulher linda acompanhada de um homem aparentemente sem graça do que o contrário. Não é (só) porque a concorrência é implacável e nos contentamos com o que sobra. É porque mulher tem raio-x: consegue olhar o que se esconde lá dentro. Se além de um belo coração e um cérebro em atividade ele ainda for apetecível, é lucro. Pena que a recíproca raramente seja verdadeira. Economizaríamos fortunas em cabeleireiros e academias se os homens fossem direto ao que interessa, na alma e no espírito, para os quais não adianta maquiagem.
Martha Medeiros
Não que eu concorde muito com este texto da Martha Medeiros, mas achei um texto adequado após ter esse assistido Beastly. O filme é uma ótima e adocicada releitura da Bela e a Fera, o mais belo romance de todos os tempos e uma delicinha para quem curte acreditar no amor verdadeiro como eu, rs.
Fica a dica!
xoxo
P.S.: Hoje também curti um cineminha com os bests. Guerra é guerra, com a coelhinha do Legalmente Loira e dois super gatos. Ótimo para dar altas gargalhadas e esquecer da tristeza ou saudade.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Gosto dos livros de ficção do psiquiatra Irvin Yalom (Quando Nietzsche Chorou, A Cura de Schopenhauer) e por isso acabei comprando também seu Os Desafios da Terapia, em que ele discute alguns relacionamentos padrões entre terapeuta e paciente, dando exemplos reais. Eu devo ter sido psicanalista em outra encarnação, tanto o assunto me fascina.
Ainda no início do livro, ele conta a história de uma paciente que tinha um relacionamento difícil com o pai. Quase nunca conversavam, mas surgiu a oportunidade de viajarem juntos de carro e ela imaginou que seria um bom momento para se aproximarem. Durante o trajeto, o pai, que estava na direção, comentou sobre a sujeira e degradação de um córrego que acompanhava a estrada. A garota olhou para o córrego a seu lado e viu águas límpidas, um cenário de Walt Disney. E teve a certeza de que ela e o pai realmente não tinham a mesma visão da vida. Seguiram a viagem sem trocar mais palavra.
Muitos anos depois, esta mulher fez a mesma viagem, pela mesma estrada, desta vez com uma amiga. Estando agora ao volante, ela surpreendeu-se: do lado esquerdo, o córrego era realmente feio e poluído, como seu pai havia descrito, ao contrário do belo córrego que ficava do lado direito da pista. E uma tristeza profunda se abateu sobre ela por não ter levado em consideração o então comentário de seu pai, que a esta altura já havia falecido.
Parece uma parábola, mas acontece todo dia: a gente só tem olhos para o que mostra a nossa janela, nunca a janela do outro. O que a gente vê é o que vale, não importa que alguém bem perto esteja vendo algo diferente.
A mesma estrada, para uns, é infinita, e para outros, curta. Para uns, o pedágio sai caro; para outros, não pesa no bolso. Boa parte dos brasileiros acredita que o país está melhorando, enquanto que a outra perdeu totalmente a esperança. Isso me lembra algo...
Alguns celebram a tecnologia como um fator evolutivo da sociedade, outros lamentam que as relações humanas estejam tão frias. Uns enxergam nossa cultura estagnada, outros aplaudem a crescente diversidade. Cada um gruda o nariz na sua janela, na sua própria paisagem.
Eu costumo dar uma espiada no ângulo de visão do vizinho. Me deixa menos enclausurada nos meus próprios pontos de vista, mas, em contrapartida, me tira a certeza de tudo. Dependendo de onde se esteja posicionado, a razão pode estar do nosso lado, mas a perderemos assim que trocarmos de lugar.
Só possuindo uma visão de 360 graus para nos declararmos sábios.
E a sabedoria recomenda que falemos menos, que batamos menos o martelo e que sejamos menos enfáticos, pois todos estão certos e todos estão errados em algum aspecto da análise.
É o triunfo da dúvida.
Vale a pena pensar nisso!!!
Martha Medeiros
Quando vi isso na casa do Zé, só tive uma coisa a dizer: "guilty"!
Conhecidíssima por tentar impor minha opinião, não espio a janela de ninguém e deixo a minha completamente transparente, ou melhor, escancarada mesmo.
Vou seguindo tentando melhorar não tanto assim e vamos ver no que isso dá.
xoxo
segunda-feira, 19 de março de 2012
Amar significa amar o que é difícil de ser amado, de contrário não seria virtude alguma; perdoar significa perdoar o imperdoável, de contrário não seria virtude alguma; fé significa crer no inacreditável, de contrário não seria virtude alguma. E esperar significa esperar quando já não há esperança, de contrário não seria virtude alguma.
Gilbert Keith Chesterton
E cada dia é mais difícil...
xxoo
domingo, 18 de março de 2012
"A paciência é a mais heroica das virtudes, justamente por não ter nenhuma aparência heroica"
Giacomo Leopardi
Senhor dai-me mais paciência, que eu já gastei o último lote há tempos! Hunf!!!
xoxo
quinta-feira, 15 de março de 2012
(...) porque haveria de me pintar como sombra e imagem numa definição quando estou diante de vossos olhos e me vedes em pessoa?
Sou eu mesma, como me vedes. E que necessidade haveria de vô-lo dizer?
O meu rosto já não diz o bastante?
Se há alguém que desastradamente se tenha iludido, tomando por Minerva ou pela Sabedoria, bastará olhar-me de frente para logo conhecer-me, sem que eu me sirva de palavras, que são a imagem do pensamento.
Não existe em mim simulação alguma, mostrando por fora o que sou no coração. Sou sempre igual a mim mesma(...)
Erasmo de Rotterdam
Porque não preciso e nem consigo enganar aqueles que me vêem como sou: uma filha da Loucura!
xoxo
terça-feira, 13 de março de 2012
Imagine que você se encontre tão desanimado que não tenha mais esperança de transformar seus limões em limonadas. Nesse caso, ainda há duas razões pelas quais você deve, pelo menos, tentar…
A primeira: pode ser que você tenha êxito.
A segunda: mesmo que não tenha êxito o que é bem provável no meu caso, a simples tentativa de transformar o seu mínimo em máximo fará com que você olhe para frente, em vez de olhar para trás. Fará com que você substitua seus pensamentos negativos por pensamentos positivos "Fará?!". Despertará as suas energias criadoras, fazendo com que você fique ocupado, que não tenha tempo nem vontade de lamentar o que já ficou para trás, o que já passou para sempre.
Certa ocasião, um violinista de fama mundial estava se apresentando num concerto em Paris, quando uma das cordas de seu violino subitamente se partiu. Ele não se perturbou e terminou a melodia com apenas três cordas.
Assim é a vida: se uma corda se parte, continue apenas com as três restantes… Lembre-se sempre: a coisa mais importante da vida não é capitalizar sobre os nossos ganhos. Qualquer idiota pode fazer isso. O que é realmente importante é tirar proveito das nossas perdas. Isso requer inteligência e constitui a diferença entre um homem sensato e um tolo.
Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar para atravessar o rio da vida.
Ninguém, exceto tu, só tu podes fazê-lo.
Dale Carnegie
Quando essa crise passar , e ela há de passar, eu não vou fazer limonada coisíssima nenhuma, eu vou pegar essa ruma de limão azedo e juntar com um saco de açúcar e 1 litro de Absolut e me entupir de caipirosca!
xoxo
domingo, 11 de março de 2012
Sou como você me vê. Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma ventania: depende de quando e como você me vê passar.
Eu acreditava em anjos. E, porque acreditava, eles existiam. Perder-se também é caminho.
Já que se há de escrever, que, pelo menos, não se esmaguem -com palavras- as entrelinhas.
Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro.
Não se preocupe em entender. Viver ultrapassa qualquer entendimento.
Todos os dias, quando acordo, vou correndo tirar a poeira da palavra “amor”.
Há a vida que é para ser intensamente vivida. Há o amor, que tem que ser vivido até a última gota. Sem nenhum medo. Não mata.
Sempre conserve uma aspa à sua esquerda e outra à sua direita.
Que medo alegre o de te esperar!
Tenho medo de dizer quem sou: no momento em que tento falar, não exprimo o que sinto e o que sinto se transforma, lentamente, no que eu digo.
Quando se ama, não é preciso entender o que se passa lá fora, pois tudo passa a acontecer dentro de nós.
Eu nem entendo mais aquilo que entendo. Pois, estou infinitamente maior do que eu mesma... então, não me alcanço.
Ouve-me. Ouve o meu silêncio. O que falo nunca é o que falo e, sim, outra coisa. Capta a “outra coisa” porque eu mesma não posso.
Você pode, até, me empurrar de um penhasco... E daí? Eu adoro voar!
E ninguém é eu. E ninguém é você. Esta é a solidão.
Minha alma tem o imaterial peso da solidão no meio de outros.
O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.
Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas, minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito... Eu só vivo nos extremos...
Clarice Lispector
O Zé fez uma seleção de algumas das máximas dela, e eu resolvi copiar aqui.
Tenho a impressão que só a Clarice consegue entender a beleza de ser fria e apaixonada ao mesmo tempo...
Tenho a impressão que só a Clarice consegue entender a beleza de ser fria e apaixonada ao mesmo tempo...
xoxo
Que homem é esse
Porque que que ele veio
O que que ele tem
Que homem é esse
Que mexe comigo
De onde ele vem
Que homem é esse
Que mal me conhece
E já amanhece em meus braços assim
Que homem é esse
Que cara bonito
Eu mal acredito que seja pra mim
Que homem é esse
Que me deixa tonta
Feliz ao sentir todo o seu bem querer
Que homem é esse
Que tem no sorriso
Um jeito preciso de me convencer
Que homem é esse
Que eu tanto anseio
E invadiu em cheio a minha ilusão
Que homem é esse
Que tanto oferece
Ele bem que merece a minha paixão
Que homem é esse
Que coisa tão boa
Mudou minha vida e diz que me quer
Não sei se é verdade ou se é mentira à-toa
Só sei que esse homem me faz mais mulher
© Martinha
Ao meu Homem! Que só não é melhor porque me abandonou! Rs
xoxo
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