Há 3 horas
sábado, 3 de setembro de 2011
"Certa vez me contaram que muitos negros que eram escravizados morriam de banzo, que é um tipo de saudade tão apertada que a pessoa entra em inanição e falece. Meu irmão disse que meu pai quase morreu de banzo quando se separou da família e foi morar sozinho numa cidade muito distante, longe de todos os amigos e parentes.
Saudade é um sentimento muito dolorido, que todos já sentiram em algum momento em suas vidas. Sentimento que, se por um lado nos machuca, por outro distingue em nós as coisas e pessoas que gostamos muito e as que nem tanto. A saudade do que passou nos ensina a aproveitar o hoje, posto que o presente virará pretérito no futuro, portanto, carpe diem, para sofrer menos amanhã.
Rubem Alves, um nostálgico inveterado, foi brilhante ao afirmar que 'a saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar'. Apesar de doer, a saudade mostra que a vida sempre tem capítulos felizes. Se o capítulo chamado hoje não está legal, liga não, isso passa. Talvez amanhã será um capítulo que fará com que seu depois-de-amanhã sinta dele saudade…
Mas quando a saudade aperta, ela não cabe dentro do coração e então, escorre pelos olhos…
(...)
Todavia, de todas as saudades, a que mais me machuca é uma saudade que sinto de tudo que eu ainda não vi. Quando Renato Russo escreveu esta poesia, identifiquei-me. 'Tem gente que tem saudade do que nunca existiu, e isto dói bastante'. Mas eu estou no trem daqueles que sentem falta majoritariamente do que ainda não conhecem:
'E é só você que tem
A cura pro meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.'
Renato Russo, em Índios."
Esse é um trecho do post "Saudade do que ainda não vi" do blog Café com Deus, um presente que encontrei no Um Sábado Qualquer, enquanto estava aqui sem fazer porra nenhuma esperando a hora da chatice de me arrumar para mais um plantão com um bando de mulheres gritando no meu pé-d'ouvido.
Quem me conhece se alguém conhecer essa pessoa me apresente, estou afim de me entender e possa ser que ela me ajude sabe que não sou uma pessoa religiosa, porém desde muito tempo sou deísta, antes mesmo de saber que este era o nome que denominava isso. Acredito que há uma Força que nos criou e que rege este mundo doido. Acredito principalmente que este Ser é bom e puro, apesar da sujeira e maldade presente em sua criação. Já lhe dei vários nome: Deus, Pai, Mãe... Mas o mais importante é que Ele, ou Ela, sempre me atendeu, muito embora muitas vezes eu não tenha percebido isso.
Que cada um de vocês também possa acreditar neste Ser que nos ama e perceber a aquilo que é feito por vocês diariamente, ou não, afinal ele não deixará de vos amar por isso mesmo.
xxoo
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